O período natalino continua a ser celebrado na Orla de Atalaia, em Aracaju. Até o dia 2 de janeiro, sergipanos e turistas poderão curtir uma programação festiva, recheada de atrações musicais, além de roda-gigante, pista de patinação no gelo, comidas e artesanatos locais. A Vila do Natal Iluminado também tem encantado a empreendedora e cabeleireira Kelly Alves, que não esperava tanta receptividade e sucesso de vendas de seus produtos. “Só tenho a agradecer por essa oportunidade!”, disse ela que, há alguns anos, encontrou no artesanato mais uma fonte de renda para a família e aproveitou para levar suas luminárias para comercialização no espaço intermediado pela Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem) após publicação de edital de chamamento público.
Mais uma oportunidade de geração de emprego e renda com incentivo à economia local, o evento também promove um mergulho na sergipanidade a partir dos trabalhos artesanais levados por empreendedores de diversos municípios, carregados de história e cultura passados de geração em geração. É o caso da artesã Sarah Idris, que aprendeu com seu pai, um artesão egípcio, o ofício que sempre garantiu o sustento de sua família.
Desde 2018, Sarah produz biojóias, brincos, colares e marcadores de texto a partir da folha de manga – um trabalho idealizado por seu pai que passa por um processo de esqueletização da folha até o tingimento desta para a confecção de produtos. “Nós nos sustentamos com o artesanato desde sempre, sempre foi o nosso ponto forte. Meu pai faleceu há quase quatro meses, mas eu vou dar continuação ao trabalho que ele deixou. A história dele está aqui comigo”, contou.
As histórias de sustento e coletividade que permeiam o artesanato exposto na Vila do Natal Iluminado também são lembradas pela artesã Iara da Cruz, da Associação de Artesanato e Apicultura do município de Pacatuba, localizado no litoral norte do estado. “Está sendo bom, estão saindo peças para todo lugar”, disse ela, que está com uma diversidade de peças produzidas a partir da palha, um trabalho artesanal de referência da cidade.
Referência e tradição também são lembradas pelo artesão Edilson dos Anjos, de Santana do São Francisco, município com elevado potencial na produção de peças a partir do barro. “Já é uma tradição, vem dos meus avós. Nasci dentro de uma olaria, hoje já estou com 69 anos e ainda permaneço na olaria. A gente tenta criar, fazer o melhor a cada dia que passa, aperfeiçoar, fazer coisas novas”, contou ele que, desde o início do evento, já levou diversas peças para comercialização que têm atraído a atenção de turistas.
Além do artesanato, a praça de alimentação tem sido uma oportunidade de experienciar as riquezas regionais, a exemplo dos salgadinhos da empreendedora Daniele Avelino, que destaca a importância de ações como a Vila do Natal Iluminado para a geração de renda extra e o aumento da visibilidade dos trabalhos produzidos por sergipanos. “Está sendo muito bom. O povo já está perguntando se vai continuar. Para as pessoas que estão com os filhos de férias, isso daqui é uma diversão. Para nós, só gratidão mesmo”, enfatizou.
Fonte: Secom