Unit, Sedetec e empresas planejam curso de especialização na área de gás 

Um grupo de trabalho será formado em breve para estudar e formular a criação de um curso de Especialização em Engenharia e Gestão de Gás, voltado para a formação e qualificação de profissionais que atuem no setor de óleo, gás natural e energia. A iniciativa é de uma parceria entre a Universidade Tiradentes (Unit) e a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), que contará também com a participação do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec) e de várias empresas que já atuam no setor. 

A formação do grupo será liderada pela Sedetec e terá a atuação de professores e pesquisadores de vários cursos e áreas da Unit que tenham interface ou atuação com o setor de óleo e gás, além de representantes das instituições envolvidas e de empresas da área energética. É um desdobramento da reunião realizada em 28 de novembro entre representantes da universidade e o titular da Sedetec, Valmor Barbosa, que demonstrou apoio à proposta. O objetivo, nesta primeira fase, é construir conjuntamente o modelo e a estrutura do curso em conjunto, moldando-se de acordo com as necessidades e demandas do mercado de gás natural e energia em Sergipe, que vive um momento de crescimento e grandes expectativas. 

“Primeiro, você vai ter demandas do mercado juntamente com o Estado fazendo essa conexão, e a estrutura acadêmica da universidade é que vai fazer essa ponta. Às vezes, não vão ser alunos que vão se inscrever, mas as próprias empresas já podem mandar esse público, as próprias secretarias, o próprio Estado também pode necessitar uma formação continuada dos técnicos dele. Então, é também um público diferenciado que pode vir. A estrutura acadêmica da universidade é ampla, no sentido de já ter histórico e capacidade instalada de salas, de ambientes para trabalhar”, diz o pesquisador e professor Cláudio Dariva, dos programas de Pós-Graduação em Engenharia de Processos (PEP) e em Biotecnologia Industrial (PBI) da Unit. 

“Vamos aglutinar essas forças: o ensino e a pesquisa através da Unit, as empresas que trabalham na área de gás natural e o Estado, como força mediadora e também como demandante de novos empreendimentos, de geração de emprego”, acrescenta o diretor de Relações Institucionais da Unit, professor Marcos Wandir Nery Lobão, destacando que a iniciativa tem o objetivo de fomentar ainda mais o crescimento da produção e do mercado de gás natural, energias renováveis e biocombustíveis em Sergipe. “O que a gente precisa é trazer as empresas para usarem o gás e transformar em novos produtos. O fertilizante, a energia, são grandes oportunidades ali. O trabalho é atrair pequenas, médias e grandes empresas dentro de uma matriz que tenha o petróleo, o gás, a bioenergia”, afirma ele.

Entre as empresas que também do setor de gás e energia que podem participar do trabalho conjunto com a Unit e a Sedetec, estão grandes companhias do setor, como Petrobras, Sergas, Carmo Energy, Unigel, Acelen e Eneva, além de muitas firmas de pequeno e médio porte que vêm sendo criadas ou se instalando em Sergipe, motivadas pelo chamado “boom do gás natural” e pelas possibilidades de exploração das reservas existentes no estado. “Essa questão do óleo e gás em Sergipe está muito efervescente. Existem muitos anseios de que as coisas aconteçam, mas a gente está apostando nessa proposta porque ela é uma proposta diferente no sentido de não ser mais um curso, mas ser alguma coisa que venha a colaborar com o desenvolvimento”, ressaltou Dariva. 

Entre os pesquisadores e professores que participam do estudo sobre o futuro curso de Engenharia e Gestão de Gás, estão os integrantes do Núcleo de Inteligência Artificial Tiradentes (Niart). Criado em 2022 para estudar o desenvolvimento e as aplicações da inteligência artificial (IA) na área de educação. “O que nós estamos comprometidos a interagir, por exemplo, com o PEP, e com outras áreas, é para que a gente possa inserir também a inteligência artificial como uma ferramenta para solucionar os problemas que vão ser levantados no diálogo com as empresas”, ressalta Wandir. 

Fonte: Asscom Unit

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