Responsabilidade Social: Você como agente transformador – em casa ou no local de trabalho

Caro leitor,

A Responsabilidade Social Empresarial era vista, apenas, como um benefício disponibilizado esporadicamente à comunidade. Com o decorrer do tempo, esse conceito foi valorizado e hoje integra o cotidiano das organizações em suas diversas atividades.

Atualmente, existem legislações que direcionam as empresas para alcançarem esse objetivo. Citarei apenas a SA8000 que é uma Norma de Certificação voluntária, estabelecedora de requisitos, como a melhoria das condições no local de trabalho, saúde, segurança e um sistema de gestão voltado para os aspectos ambientais, econômicos e sociais. Na prática, analisa até que ponto a empresa é socialmente responsável.

Na verdade, todos são responsáveis pelos impactos positivos e/ou negativos das ações ou omissões no ecossistema, quer sejam organizações públicas, privadas, do terceiro setor ou mesmo ações individuais. Trazendo essas questões para a realidade atual, como as queimadas por exemplo, é certo que o amanhã se torna incerto para nossas futuras gerações, devido ao impacto negativo no berço de proteção do meio ambiente.

Mas, afinal de contas, o que nós podemos fazer, como agentes transformadores, para minimizar impactos negativos e maximizar impactos positivos? Como cooperar na melhoria contínua em busca da qualidade de vida para nossa família, filhos, netos e bisnetos; a curto, médio e longo prazo?

Longe de esgotar o assunto, seguem algumas possibilidades de implementações positivas:

 As organizações podem utilizar diretrizes, normas e legislações ambientais como instrumentos de gestão, e gerar benefícios de bem-estar social.

 Buscar no mercado, organizações que sejam referenciais de excelência na área de interesse e adaptar para sua realidade, aquilo que pode ser implementado.

 Desenvolver ações filantrópicas, não como uma obrigação social, mas como uma sensibilização social. Essa empatia, ultrapassa o formal e atua na área do compromisso pessoal. Pequenas mudanças de ábitos, fazem grandes diferenças.

 Ampliar os valores e princípios na estrutura organizacional através da visão, missão, atuação no mercado, processos internos e recursos humanos; envolvendo a alta direção, funcionários, fornecedores, compradores; e se cabível, participação da comunidade entorno da empresa.

 Incluir no Planejamento Estratégico, projetos sociais preventivos e/ou corretivos, envolvendo também os funcionários e seus familiares.

 Incentivar e desenvolver mentalidade ecológica; através do uso racional da água e formas renováveis de gerar energia; descarte adequado do material reciclável (plástico, papel, vidro, metal) e não reciclável; acondicionamento em separado de materiais infectantes, cortantes e perfurantes, para inclusive proteger o agente coletor do lixo.

 Participar de projetos sociais reconhecidos, como mantenedor, colaborador, patrocinador ou voluntário, doando um pouco do seu tempo. Como participar? e com quais recursos? Considere primeiramente, em conhecer esse grupo de pessoas/empresas, para depois realizar parcerias com objetivos agregadores.

 Ser solidário com pequenos atos pode mudar o dia, ou a vida de alguém! É o legado de qualidade que podemos deixar. Fazer o bem sem olhar a quem, não é só fazer ações pontuais. É fazer ações duradouras e incentivadoras, para que outros queiram participar.

Parafraseando um pensador desconhecido, “Nunca haverá borracha para apagar o passado, mas, sempre haverá lápis para escrever o futuro”.

  • Acrizio Campos é Advogado, Pós-Graduado em Direito Previdenciário, Direito Civil/Empresarial e Direito Constitucional Aplicado; Bacharel em Administração de Empresas com Especialização em Gestão da Qualidade e Gestão Empresarial; Jornalista e Consultor de Negócios (indústria, Comércio e Serviços).

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