Representantes do Cirurgia prestam contas sobre reestruturação do hospital após intervenção judicial

Prestes a completar cinco anos, a intervenção judicial no Hospital de Cirurgia, deferida pelo Poder Judiciário a pedido do Ministério Público de Sergipe (MPSE), tem refletido em uma completa reestruturação da unidade hospitalar, assegurando a assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e a melhoria dos serviços e instalações do edifício onde funciona o Hospital. Os detalhes da reestruturação foram apresentados pelos representantes do Hospital de Cirurgia, durante sessão do Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ) do MPSE, a título de prestação de contas sobre os resultados obtidos através da medida judicial.

A intervenção foi decretada em 2018, em decorrência das irregularidades administrativas e desvio de finalidade da instituição, observadas durante a Operação Metástase, desencadeada pelo MP de Sergipe.

Na sessão do CPJ, a interventora judicial, Márcia Guimarães, e o Diretor-Técnico do Hospital, Rilton Morais, apresentaram dados, informações e fotografias, em modelos comparativos, para expor a evolução dos serviços ofertados. Os representantes lembraram que o Hospital de Cirurgia, na época da intervenção, tinha enormes filas para consultas, exames e procedimentos cirúrgicos, salários de servidores atrasados – que vinham provocando diversas paralisações dos serviços, dívidas com fornecedores e desabastecimento de insumos, além de estruturas precárias, desde as instalações do edifício até a qualidade das máquinas e instrumentos de trabalho.

“Com o apoio e as indicações dos caminhos, promovemos uma reestruturação no hospital, implantando e organizando fluxos de processos assistenciais e administrativos, retornando atividades médicas paralisadas, como na oncologia, cirurgia cardíaca, entre outras. Aumentamos substancialmente o número de procedimentos cirúrgicos, consultas e exames. Isso nos fez crescer mais de 1000%. Na parte ambulatorial, se compararmos os dados de 2017 até setembro de 2023, tivemos um crescimento de mais de 270% no atendimento hospitalar, isso sem aumento do número de leitos gerais do hospital, mostrando, assim, que podia ser feito muito mais assistência com o número de leitos que já existiam”, detalha Márcia Guimarães.

A interventora mencionou, ainda, que contou com o apoio financeiro e material de instituições, de grupos empresariais, da bancada parlamentar federal e estadual e da própria sociedade, para viabilizar reformas, adequações sanitárias e modernização tecnológica para assistência, gerando mais segurança e conforto aos pacientes, acompanhantes e equipe de trabalho.

‘Voto de Louvor’

Após a apresentação, os Procuradores e Procuradoras de Justiça elogiaram as ações que têm sido desenvolvidas no Hospital de Cirurgia, restabelecendo a assistência aos usuários de SUS e sanando os problemas apontados durante a fase investigativa. Durante a sessão, o Procurador de Justiça Rodomarques Nascimento apresentou proposta para que fosse concedido ‘Voto de Louvor’ para a equipe de gestão da unidade hospitalar, sendo aprovado em unanimidade por todos os integrantes do CPJ.

O Procurador-Geral de Justiça, Manoel Cabral Machado Neto, mencionou a visita que fez ao Hospital e reiterou a importância de continuidade desse trabalho. “Estive presencialmente na unidade e posso assegurar que, pessoalmente, a transformação daquele lugar emociona ainda mais. Entendi que era preciso trazer todos esses resultados ao conhecimento dos demais membros do Colégio de Procuradores e vejo que há coesão, há uma posição unânime, para a continuidade dessa intervenção. O objetivo do Ministério Público será sempre a resolutividade dos problemas que atingem, principalmente, aqueles que mais precisam. Não nos furtaremos das nossas atribuições para que esse trabalho não pare. Há muito a ser feito ainda e muito a ser mantido, para que aquela fase de angústias, de desespero e de reclamações de usuários fique no passado”, afirmou.

Fonte: Ascom MPSE

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