Aconteceu nesta sexta-feira (12) o lançamento da pedra fundamental da futura sede da Superintendência da Polícia Federal em Sergipe. A construção, que abrangerá uma área de 53 mil m², está orçada em R$ 64 milhões e tem previsão de conclusão em três anos.
Durante o evento, também ocorreu a inauguração da placa de identificação da rua adjacente ao terreno da PF no bairro Coroa do Meio, em Aracaju, que agora leva o nome de Agente Federal Átila de Menezes Lisa, em homenagem a um dos pioneiros da Polícia Federal em Sergipe.
Originalmente pertencente à União, o terreno onde está sendo erguida a nova sede da PF estava sob gestão da Prefeitura de Aracaju, que o devolveu à União para viabilizar a obra.
O projeto arquitetônico das novas instalações segue o padrão característico das construções da PF e contempla 13 edifícios, incluindo o prédio principal, anexos, auditório, área de inspeção veicular, estande de tiro e canil. O novo prédio incorporará práticas sustentáveis como o uso de energia renovável através de placas fotovoltaicas e reuso da água, além de garantir acessibilidade. A área total construída será de 13.394,67 m², com estacionamento disponível para 258 vagas.
Pedra fundamental
A solenidade que marcou o início da construção contou com as presenças do diretor de Administração e Logística (DLOG/PF), André Luiz Lima Carmo, e do diretor de Tecnologia da Informação e Inovação (DTI/PF), Ademir Dias Cardoso Júnior, que representaram a Direção-Geral; do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, da presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheira Suzana Azevedo, do comandante da Capitania dos Portos, capitão de fragata Alexandre Ferreira e do chefe da Polícia Civil de Sergipe, delegado Thiago Leandro.
A superintendente da PF em Sergipe, delegada Aline Marchesini Pinto, destacou que a sede atual já não comportava o tanto de atribuições que a PF tem. “A Polícia Federal tem uma gama de atribuições constituicionais, e foi angariando outras ao longo do tempo. Esse prédio nos atenderá na plena capacidade das nossas atribuições”.
O delegado-geral da Polícia Civil de Sergipe, Thiago Leandro, lembrou que sempre houve a parceria entre PC e a PF, que são polícias judiciárias. “Hoje simboliza uma estruturação melhor da Polícia Federal no estado. Um prédio que com certeza vai poder dar um melhor atendimento no combate ao crime, principalmente ao crime organizado.”
“É um projeto belissímo, que vai dar um conforto aos seu servidores, a quem vem a Polícia Federal. Com certeza a Polícia Federal é um dos órgãos mais importantes do país. Tenho certeza que a nova sede vai trazer muito orgulho para sergipe”, ressaltou a presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheira Suzana Azevedo.
“Essa nova sede com certeza vai ser muito importante para as atividades da Polícia Federal no estado. Representando a Capitania dos Portos e a Marinha, é uma honra participar e está prestigiando esse evento”, disse o comandante da Capitania dos Portos de Sergipe, capitão de fragata Alexandre Ferreira .
Histórico
A Superintendência da Polícia Federal em Sergipe foi criada em 15 de abril de 1965 com a denominação de Subdelegacia Regional ficando subordinada à Delegacia Regional do Departamento Federal de Segurança Pública no Estado da Bahia. Em 1975 foi por em Superintendência Regional.
Quem foi Átila Lisa
Pioneiro da Polícia Federal em Sergipe, Átila de Menezes Lisa, nasceu em Salvador (BA) em 12 de janeiro de 1940, destacou-se desde cedo pelo seu desempenho e comportamento exemplar durante seu serviço no Exército, sendo designado para a Companhia de Polícia do Exército. Em 1960, com a mudança da capital do Brasil para Brasília, Átila foi convocado para integrar a Guarda Especial de Brasília, posteriormente absorvida pelo Departamento Federal de Segurança Pública (atual Polícia Federal).
Em 11 de junho de 1965, Átila fez parte do grupo da Polícia Federal em Sergipe. Como Agente de Polícia, destacou-se pela dedicação incansável no combate ao tráfico de drogas e pela defesa dos Direitos Humanos, mesmo antes da Constituição de 1988. Seu trabalho foi marcado por amor e entrega total à instituição, ganhando respeito e popularidade, inclusive entre os meliantes.
Átila faleceu em 12 de outubro de 2012, deixando um legado seguido por dois de seus filhos, que também se tornaram agentes da Polícia Federal.
*Com informações Ascom PF