O mercado já começa a apontar investimentos que prometem gerar mais rendimentos neste ano de 2024. Entre eles, estão os chamados Fundos Imobiliários de Investimento (FIIs), que reúnem recursos de investidores para aplicação em investimentos imobiliários, como imóveis e bens correlatos. Segundo uma reportagem publicada no último dia 8 de janeiro pelo site especializado BM&C News, especialistas e gestores que atuam no setor avaliam que os FIIs podem “decolar” e oferecer uma melhor valorização, devido a cenários otimistas previstos para a economia brasileira, principalmente a queda nas taxas de juros e o reaquecimento dos setores imobiliário e de construção civil.
O último Boletim Focus, feito pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), prevê que a taxa Selic pode continuar caindo até o fim do ano, indo de 11,75% para 9%, o que pode impactar na remuneração dos produtos de renda fixa. Por outro lado, o índice Ibovespa, indicador das ações negociadas pela B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), teve um crescimento de 38% nos últimos 12 meses.
“Assim, a renda variável passa a ser mais interessante para os investidores. Nesse sentido, os FIIS podem ser uma excelente opção para os investidores diversificarem seus investimentos, especialmente considerando as suas vantagens”, explica o professor Luís Carlos Beltrami, que leciona no curso de Trade de Investimentos EAD e no MBA em Finanças Corporativas, Auditoria e Controladoria, ambos da Universidade Tiradentes (Unit).
De acordo com Beltrami, os fundos imobiliários são geridos por profissionais com conhecimento e certificação para exercerem esta função, e os imóveis ou ativos imobiliários são escolhidos pelos mesmos, conforme a tese de investimento e a estratégia definida pelo fundo. Nestes fundos, as cotas podem ser resgatadas somente no término do prazo de duração do fundo, e a entrada e a saída de cotistas não é permitida. Nesse caso, as cotas são vendidas no mercado secundário da Bolsa de Valores.
Entre as vantagens oferecidas pelos FIIs, está a rentabilidade, que pode vir da valorização e venda de cada cota, ou do pagamento dos dividendos, normalmente mensais e isentos do Imposto de Renda). O professor cita também que estes fundos oferecem uma maior simplicidade ao investir e uma maior facilidade de negociar as cotas, além de permitir investimentos em imóveis com baixo valor. Ele ressalta, por outro lado, que os FIIs possuem um perfil de risco moderado e podem oscilar de valor, em decorrência de vacância dos imóveis ou outros fatores ligados à gestão do imóvel pelo administrador do fundo.
A recomendação de Beltrami é que cada investidor deve definir seus objetivos e fazer um perfil de risco para verificar se está apto para fazer o investimento. “Ele deve estudar mais os conceitos de investimento, o mercado, macroeconomia, dentre outros conhecimentos que o possibilitem entender sobre investimentos, além de contar com a ajuda de profissionais experientes. O ideal é o investidor estudar os fundos antes da sua aquisição, analisando não apenas o Dividend Yeld, mas também o perfil do fundo, quais imóveis são geridos, vacância (nível de desocupação dos imóveis), dentre outros aspectos”, orienta ele.
Fonte: Asscom Unit
