Em seu primeiro ano, a equipe Zenith Rocketry, do Departamento de Engenharia Mecânica (DMEC) da Universidade Federal de Sergipe, conquistou a 5ª posição no Latin America Space Challenge (LASC), a maior competição de foguetes experimentais da América Latina e segunda maior do mundo.
A competição anual aconteceu em Tatuí, no estado de São Paulo, e reuniu 106 competidores de diversos países em três categorias: 500m, 1 km e 3 km de apogeu, referente à altura que os foguetes atingem. A equipe da UFS foi liderada pelo professor Alexandre Ramos, do DMEC, e competiu na categoria 500m.
Como funciona?
Nessa categoria, é necessário lançar um foguete de propelente sólido, de sorbitol com nitrato de potássio, que chegue o mais próximo possível dos 500 metros de altura. Um segundo após atingir a altura máxima, é acionado um paraquedas para que o foguete possa ser reutilizado.
E a equipe da UFS conseguiu inovar na construção do seu protótipo. Eles tiveram a ideia de incluir um “payload” para que funcionasse como um satélite do foguete, como explica o professor Alexandre. “Fizemos uma coisa que ainda não havia sido feita na competição, e todas as equipes gostaram bastante da nossa solução: colocamos um flexor instrumentado com um strain gauge e acelerômetros para correlacionar os dados de deformação desse flexor pelo software Ansys de elementos finitos, o flexor é um mecanismo deformável que é bastante utilizdo em telescópios espaciais; então, foi bastante inovador”.
Estudantes
Dos 30 alunos envolvidos no projeto de Extensão, dez viajaram para os quatro dias de competição junto com o professor. Além da oportunidade de entrar em contato com estudantes de diversos outros países, Alexandre destaca a oportunidade, através da competição, que os alunos da UFS tiveram de aprender a engenharia na prática.
“Não só na prática, mas a engenharia na forma de competição. Eles buscam melhorar, para vencer a competição, fazer o melhor relatório, a melhor análise, a melhor simulação, os melhores testes, e durante a competição há uma rica troca de experiências entre as equipes. Além disso, estão ali diversas empresas que observam os alunos e podem ser futuros empregadores”, conclui.
Perspectivas
Para o próximo ano, o objetivo da equipe é voltar a competir na categoria 500m, na LASC, buscando o apogeu – no pódio. E em 2025 subir para a categoria de 1 km, sonhando com a Spaceport America Cup, a maior competição de foguetes do mundo, que acontece nos Estados Unidos.
“Tivemos um problema durante uma competição porque choveu em cima do nosso foguete. Todos os foguetes da nossa bateria foram molhados e isso prejudica a performance do foguete. Mas a gente sabe como chegar na primeira colocação”, disse o professor.
Fonte: Ascom UFS