Docente sergipana é única brasileira selecionada para programa internacional de educação no México

Expandir fronteiras do conhecimento tem se consolidado como um dos pilares para transformar a educação universitária. Com esse propósito, a Universidade Popular Autónoma del Estado de Puebla (UPAEP), no México, promove anualmente o UPAEP Global Summer, um programa que oferece uma vivência acadêmica imersiva a professores de várias partes do mundo. A iniciativa tem como diferencial reunir docentes de distintas nacionalidades para ministrarem juntos uma disciplina, trocando metodologias, saberes e experiências culturais.

Com financiamento integral da UPAEP, o projeto recebe profissionais da educação superior de diferentes países durante o recesso acadêmico. Na edição de 2025, foram contemplados 60 professores de 43 instituições de ensino de 20 países distintos. Dentre todos os selecionados, apenas uma brasileira garantiu participação: a docente Juliana Góes, do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes (Unit).

“Fiquei imensamente feliz ao saber da minha aprovação para o UPAEP Global Summer 2025”, relata Juliana. A alegria foi ainda maior ao descobrir que representaria o Brasil sozinha entre os demais participantes. “Foi um misto de orgulho, emoção e responsabilidade. Representar o país e a Universidade Tiradentes em uma atividade acadêmica internacional como essa é uma chance única de troca de saberes, culturas e vivências”, afirma.

Desde 9 de junho, Juliana está em Puebla, no México, onde compartilha a disciplina de “Fisioterapia Respiratória” com o professor local Milton Gonzalez. O módulo segue até 4 de julho e inclui tanto aulas práticas quanto teóricas, além de uma agenda cultural que proporciona uma experiência completa de imersão.

Formação sem barreiras geográficas

A decisão de participar surgiu do desejo de ampliar suas perspectivas profissionais. “Sempre acreditei que a educação se fortalece ao ultrapassar fronteiras geográficas e culturais”, diz Juliana. De acordo com ela, o processo de seleção foi criterioso e incluiu análise de currículo, plano de disciplina e comprovação de fluência na língua espanhola. “Foi uma fase intensa de preparação e expectativa”, relembra.

Essa é a primeira oportunidade da professora em uma experiência docente fora do Brasil, algo que ela vê como essencial para seu crescimento pessoal e acadêmico. “Tenho certeza de que essa vivência marcará a minha carreira. Meu objetivo é aplicar os conhecimentos adquiridos no dia a dia com os alunos e colegas de trabalho”, diz ela.

Dar aulas em uma língua estrangeira para estudantes de outra cultura é um desafio à parte. Por isso, Juliana dedicou-se bastante à preparação. “Estudei muito o espanhol, tanto a parte técnica quanto a fluência em situações do cotidiano. É uma grande responsabilidade, mas também uma experiência profundamente enriquecedora”, ressalta.

Quanto ao trabalho em conjunto com o professor mexicano, Juliana demonstra entusiasmo. “Já realizamos um primeiro contato virtual para alinhar os conteúdos. O professor Milton tem uma trajetória admirável. Nossos conhecimentos se complementam e acredito que, juntos, podemos oferecer uma formação ainda mais completa aos estudantes”, prevê.

Imersão cultural e aprendizado compartilhado

Além da atuação em sala de aula, o programa contempla visitas a cidades como Puebla, Cholula e Cidade do México, com foco na vivência cultural. Para Juliana, essa dimensão da experiência é fundamental. “Estou muito empolgada para conhecer a história, os sabores e os costumes do povo mexicano. Tenho um desejo especial de visitar a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe”, revela.

O aprendizado adquirido na experiência vai muito além das fronteiras mexicanas. A docente planeja levar os novos conhecimentos para dentro da Unit, promovendo atividades para compartilhar essa vivência com a comunidade acadêmica. “Quero dividir tudo o que aprendi em forma de oficinas, palestras e novas práticas pedagógicas. Tenho certeza de que isso vai enriquecer nosso curso e estimular um ambiente mais criativo e inovador para os nossos alunos”, conclui.

Fonte: Asscom Unit

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