Cadeiras de rodas disponibilizadas pelo Estado devolvem qualidade de vida a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida

Passear em uma praça, ir à escola, deslocar-se entre os cômodos da própria casa. Para a maior parte das pessoas, essas são atividades corriqueiras desempenhadas sem muitas dificuldades, mas, para quem tem a mobilidade reduzida, realizá-las pode ser sinônimo de conquista e independência. É o caso do adolescente Guilherme Brasil, de apenas 14 anos, que há três convive com hemiplegia – condição neurológica que causa paralisia em apenas um lado do corpo. Atualmente, ele pode fazer tudo isso graças à cadeira de rodas motorizada que ele conseguiu por meio do Centro Especializado de Reabilitação IV (CER IV), equipamento do Governo de Sergipe administrado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Do ano de 2024 até agora, 2.069 cadeiras foram entregues à população de diversos municípios sergipanos. São modelos monobloco, motorizada, cadeira para tetraplégicos e de banho infantil.

De acordo com a mãe de Guilherme, a pedagoga Priscila Brasil, antes o adolescente utilizava uma cadeira de rodas convencional. Ele recebeu a nova há exatamente um mês e, segundo ela, as mudanças no dia a dia da família já são notórias. “Essa cadeira motorizada veio para que ele tivesse mais independência. Agora, ele já consegue ir à escola de forma presencial, por estar com a motorizada, porque anteriormente ele não queria ir, por ter que estar sempre com alguém. Para passear, a gente vai ao shopping com ele, a outros estabelecimentos, e ele agora já não precisa depender da gente. É uma independência até ele conseguir toda a reabilitação dele, que é nossa esperança”, exemplifica.

Inclusão

Mais que um serviço prestado à população, a disponibilização de cadeiras de rodas por meio do Centro Especializado de Reabilitação faz parte de uma política de governo para a inclusão dessa parcela da população. A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, ressalta que essa política representa um passo importante para garantir mais autonomia e dignidade às pessoas que dependem desse suporte. “Este é o propósito do nosso trabalho: oferecer mais do que equipamentos, mas também inclusão, respeito e oportunidade de uma vida com mais qualidade. O CER IV é um exemplo de como a assistência à saúde pode ser humanizada e transformadora”, afirmou.

Segundo a gestora, as cadeiras de rodas entregues são fruto de uma política pública que olha para as necessidades reais das pessoas, promovendo acessibilidade e valorizando cada sergipano. “Seguimos firmes no compromisso de construir um estado mais inclusivo, onde ninguém fique para trás, trabalhando com empatia e responsabilidade para que cada cidadão tenha acesso aos seus direitos”, sintetiza Érica Mitidieri.

Priscila Brasil confirma esse cuidado do Estado com o atendimento voltado às necessidades individuais. A nova cadeira de Guilherme, por exemplo, além de ser motorizada, foi totalmente adaptada para atender às necessidades e se adequar às medidas do adolescente. “Ele já tinha todo o suporte do governo com a cadeira normal, mas, no caso dele, pela idade, pelo tamanho, tinha que ser uma cadeira adaptada. E aí, quando os profissionais que acompanham o Gui entenderam que ele tinha a possibilidade de ficar em uma motorizada, a gente realmente foi em busca de viabilizar essa cadeira motorizada para ele. Tanto a cadeira de banho como a cadeira normal e as talas, também, a gente conseguiu tudo por meio do CER IV; é um serviço realmente de muita excelência”, complementa.

Assim como ela, o pai de Guilherme, o servidor público Marcelo Andrade, observa que a cadeira de rodas motorizada é um diferencial para a evolução do tratamento do filho. “É uma realização. A gente consegue ver que Guilherme, depois dessa cadeira, voltou a ter o mínimo de independência que ele tinha antes do problema. Guilherme é um paciente hemiplégico, que só movimenta metade do corpo, e a cadeira convencional para ele não servia, porque ele só movimentava um lado, e a cadeira ficava circulando. E com essa, agora, ele consegue fazer, em parte, tudo que ele fazia”, considera.

Agilidade no atendimento

O presidente do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe (Conser), Antônio Luiz, lembrou que, anteriormente, a fila pelo serviço era demorada, o que foi resolvido na atual gestão. “Nós estávamos enfrentando grandes filas no processo de aquisição de cadeira de rodas pelo Governo do Estado, e houve uma agilização do fluxo, então a fila está praticamente zerando. O Conselho da Pessoa com Deficiência é um órgão promotor e fiscalizador da política pública de inclusão e, por isso, é crítico ao governo quando ele falha, mas nós temos que reconhecer o esforço do Governo de Sergipe na disponibilização desses equipamentos. Eu sou testemunha porque, por ser presidente do Conselho, eu preciso fiscalizar, então fui fiscalizar. As pessoas saem felizes, algumas com lágrimas nos olhos porque estão tendo a sua autonomia. É liberdade”, colocou. Além de representante da causa, ele foi outra das 2.069 pessoas já contempladas pela entrega das cadeiras.

O presidente do Conser ressalta que os equipamentos que o Governo do Estado oferece, não só cadeiras de rodas, mas órteses, próteses, bolsa de colostomia e tratamentos diversos, têm papel fundamental na promoção da equidade, permitindo que a pessoa com deficiência possa ser útil à sua sociedade. “Sergipe é o estado com o maior índice de pessoas com deficiência no Brasil. Nós somos 12,1% do povo sergipano com alguma deficiência, mais ou menos 278 mil pessoas com deficiência. Essas pessoas precisam trabalhar, estudar, se divertir, casar, ter filhos. Elas estão no extrato social, porém, se não houver o princípio da equidade, elas não conseguirão. Esses equipamentos promovem a equidade e, também, a justiça social”, reforça Antônio Luiz.

Fonte: Secom

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