Dia do Rio Sergipe lembra sua importância para a vida do Estado

Hoje, 3 de novembro, é o Dia do Rio Sergipe, data dedicada ao estímulo de discussões a respeito da preservação do manancial e de sua importância para o Estado. A data foi instituída através da Lei Estadual 5.618, aprovada pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e sancionada em 2 de maio de 2005 pelo então governador João Alves Filho.

O rio que empresta seu nome ao Estado, e que está retratado em uma das cinco estrelas que compõem a bandeira oficial, tem um total de 210 quilômetros de extensão, desde sua nascente em Pedro Alexandre (BA) até a sua foz, no Oceano Atlântico, entre a Atalaia Nova, na Barra dos Coqueiros, e a Praia dos Artistas, em Aracaju. Ao longo do caminho, ele se fortalece com as águas de outra nascente importante, localizada em Monte Alegre de Sergipe, e de vários outros afluentes, como o Rio do Sal, o Pomonga, o Ganhamoroba, o Poxim, o Cotinguiba e o Jacarecica.

Existem divergências quanto à origem do nome Sergipe. Algumas fontes históricas apontam que ela vem de “si’ri ü pe”, palavra do idioma tupi que quer dizer “rio dos siris”, e outras demonstram que o topônimo já existia em outras localizações do território brasileiro. “Sergipe era a ilha da baía de Guanabara onde a frota francesa, chefiada por Nicolau Villegaignon fundou o forte Colligny, instalando no Brasil a França Antártica, em 1555. E era um rio importante da Bahia, onde o governador Mem de Sá escolheu terras para montar seu engenho de açúcar. A morte de Mem de Sá, em 1572, fez passar o seu engenho para o Conde de Linhares, passando a região a ser denominada de Sergipe do Conde”, detalha o professor Rony Rei do Nascimento Silva, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPED) da Universidade Tiradentes (Unit).

Antes da chegada dos colonizadores portugueses liderados por Cristóvão de Barros, em 1590, o território do Rio Sergipe foi bastante disputado por outros grupos, incluindo franceses, holandeses e os chamados huguenotes, protestantes perseguidos pelos católicos na Europa. Os primeiros registros oficiais de ocupação datam de 1594, quatro anos após a Capitania de Sergipe ser criada oficialmente pelos colonizadores. Ao longo dos séculos seguintes, serviu de apoio para a instalação de grandes engenhos e propriedades de terra, dedicadas à criação de gado e à produção de algodão e cana-de-açúcar.

O Rio Sergipe foi ganhando mais importância e presença na vida do sergipano a partir da transferência da capital de Sergipe d’El Rei de São Cristóvão para Aracaju, em 1855. O centro político da Província se transferia para o rio, buscando-se um acesso mais facilitado para a navegação e o transporte das mercadorias produzidas.

“Essa transferência, ocupando praias inóspitas sobre uma planície fluviomarinha na margem do Rio Sergipe criou uma relação próxima entre vida do sergipano, sobretudo, pescadores e a identidade do nosso Estado. É o fascínio de sua beleza, de suas águas, passando ininterruptamente à nossa frente. É economicamente ativo, produtor, gerador de bens, tem histórias a narrar por cada um de nós, habitantes de suas margens”, define o professor Rony.

Segundo o documento Gestão participativa das águas de Sergipe, editado em 2002 pela Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) do Governo de Sergipe, a Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe é composta por um total de 26 municípios banhados pelo próprio rio e pelos seus afluentes, sendo 18 com parte de seus territórios e outros oito em sua totalidade. Ao longo da bacia, as águas do Rio Sergipe atendem boa parte da população, contribuindo para a irrigação das áreas rurais e o abastecimento de cidades e povoados. Muitas barragens, açudes e poços artesianos são igualmente abastecidos pelo rio. Essa importância impõe ainda o desafio da preservação do rio, cada vez mais ameaçado pela poluição e pelo crescimento desordenado das cidades.

Fonte: Asscom Unit com informações da Alese e Sedurbi

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