Governo de Sergipe investe no serviço público com a realização de concursos

Todos os dias, em diferentes setores, servidores públicos atendem às mais diversas demandas da população sergipana. Por intermédio desses trabalhadores, o Estado oferece a garantia de direitos e a prevalência da cidadania. Para fortalecer a classe, o Governo de Sergipe tem investido no diálogo com as categorias e na ampliação dos quadros por meio da realização de concursos públicos. Com este espírito, é celebrado no dia 28 de outubro o Dia do Servidor Público, comemorado em todo o Brasil.

Ao longo de 2023, o Governo do Estado tem incorporado diversos profissionais por meio de concursos. Até o momento, 116 servidores tomaram posse em certames já realizados. Destes, 46 foram empossados como auditores de tributos da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e 70 como agentes e escrivães de Polícia Civil. O impacto mensal da folha com a nomeação dos profissionais chega a R$ 963.030,39.

Também já foi realizado e homologado o concurso da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), para provimento de 55 vagas. No total, 3.330 candidatos se inscreveram a fim de ocupar as 35 vagas para técnico agrícola, 10 para engenheiro agrônomo e 10 para médico veterinário.

Outros dois concursos estão em andamento, com provas já realizadas. No concurso da Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp), 17.945 inscritos concorrem a 60 vagas, sendo uma para agente técnico de necropsia, 10 para papiloscopista, 33 para perito criminalístico, 15 para perito médico-legal e uma para perito odonto-legal. Já o concurso para contador teve 1.302 inscritos. Ao todo, 54 vagas são ofertadas, sendo 39 para ampla concorrência, 10 para pessoas com deficiência e cinco para candidatos afrodescendentes.

O concurso para procurador do Estado, que será realizado ainda neste ano, já teve suas inscrições encerradas, com cinco vagas oferecidas. Outros concursos foram anunciados para 2023: os da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Agrese) e da Sergas, este último com dez vagas nos níveis médio e superior.

Na visão da secretária de Estado da Administração, Lucivanda Nunes, a realização de concursos reflete a preocupação da gestão em oferecer mais qualidade, agilidade e presteza nos serviços do Estado. “Estes concursos são importantes para estruturar e qualificar cada vez mais os serviços que o Governo de Sergipe presta à população. Todas as seleções em andamento e já concluídas vão permitir o aperfeiçoamento das entregas em áreas que prestam serviços essenciais ou de extrema relevância. Além disso, garantem emprego e oportunidade de ingresso no serviço público da forma mais justa e democrática que existe”, coloca.

Histórias

Centenas de histórias de vida se entrecruzam no corpo de servidores públicos estaduais, convergindo para ofertar um atendimento qualificado ao cidadão. É o caso de Gilvanete Losilla, de 44 anos. Baiana de Olindina, Gilvanete ingressou na Universidade Federal de Sergipe (UFS) em 1999, no curso de Direito. À época, ela foi a única de sua turma egressa da escola pública. Sua trajetória no serviço público começou em 2005, como técnica judiciária no Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ/SE). Em 2009, ela tomou posse na Procuradoria Geral do Estado de Sergipe (PGE/SE). Em maio deste ano, após 14 anos na PGE, Gilvanete tornou-se corregedora.

”A gente precisa cuidar da coisa pública, porque ela é de todos nós. E quando cuidamos do que é nosso, cuidamos com carinho, dedicação e responsabilidade. Em todos esses anos, tenho trabalhado com o mesmo esmero. O sentimento é de realização, porque desde criança eu falava em ‘ser doutora’ e sonhava em ocupar uma função jurídica. É muito gratificante contribuir com a sociedade, e a gente quer honrar o que nos foi concedido”, afirma.

Gilvanira Santos Silva tem 59 anos, 32 deles como servidora pública. Hoje agente da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (Dercra), ela já passou por diversas unidades da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Para a servidora, a carreira na Polícia era um sonho de família: seu pai também havia sido policial.

“Fiz o concurso e fiquei entre os 200 primeiros, mas foram chamados 150. Na prorrogação, chamaram mais 50, e eu era a 49. Fiz outros concursos, como o da Educação, e cheguei a trabalhar na área. Mas queria ser policial, estava no sangue. Passei por dificuldades na prova de aptidão física, mas concluí. Ninguém acreditou quando passei. Desisti dos outros vínculos para ficar na SSP. Quando saí da formação, escolhi a Delegacia da Mulher, e lá nasceu o amor pelo cartório. Passei pela 1ª Delegacia de Itabaiana, pela 5º Delegacia de Socorro, pela Delegacia de Turismo… E só paro quando me aposentar”, conta.

Carla Adriana Conceição Santana Costa, de 41 anos, está há 21 no serviço público. Em 2002, ela foi aprovada em concurso para as funções de auxiliar e técnica em enfermagem. Toda a sua experiência profissional, iniciada aos 19 anos, se deu como servidora pública. Tendo passado pela Maternidade Hildete Falcão Batista, pelo Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) e pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Carla trabalha há quatro anos no Ambulatório de Seguimento do Recém-Nascido de Risco Maria Creuza de Britto de Figueiredo.

“Eu me sinto muito feliz e honrada por prestar um bom acolhimento e apoio a quem tanto precisa. A cada dia, tento fazer o meu melhor, e é gratificante. A gente vê o dia a dia das mães, das famílias, e isso nos toca. Sinto como se cada criança fosse meu filho também. O cuidado que tenho com meus filhos, tenho com as crianças aqui”, resume.

Motivação

Segundo Gilvanete, sua motivação vem da possibilidade de ajudar outras pessoas. “Marca a nossa vida quando a gente pode ser um instrumento de mudança na vida dos outros. É muito forte sentir que tocamos o coração de alguém”, pontua. A corregedora frisa, ainda, a importância do sentimento de pertencimento.

“Como servidores, temos que lembrar as boas práticas do serviço público e temos o dever de prestar um serviço de qualidade. Eu tenho uma ideia de pertencimento a esta casa: ela me representa e eu a represento. Eu faço parte da história da PGE e tem a minha história junto com ela. É essa ideia de pertencimento que faz com que o servidor queira dar o melhor de si”, salienta.

Gilvanira, que se diz realizada profissionalmente, afirma que sua vontade de seguir atuando vem de uma vocação. “Posso estar com problemas, mas quando chego ao trabalho, chego ao paraíso. É uma missão. Ser servidor público é algo que precisa ser feito por vocação. É ela que vai te direcionar e fazer com que você realize bem o seu trabalho. É servir à sociedade com empatia, e principalmente a quem mais precisa, que são os invisíveis. É uma grande satisfação quando chegam precisando de ajuda e eu consigo oferecer acolhimento. É a consciência de dever cumprido”, caracteriza a servidora da SSP.

Extensão

Para as servidoras, o comportamento profissional reflete em outras esferas. “As crianças são a minha segunda família, porque eu passo mais tempo no ambulatório do que em casa. Aqui é a continuidade da minha família”, avalia Carla. Gilvanira concorda. “Mesmo fora da minha unidade de trabalho, eu corro para ajudar quem quer que precise, porque o que me mantém viva é poder servir. Tenho minha habilidade individual, mas é o trabalho em equipe que faz tudo acontecer. A equipe é uma família. Sou muito orgulhosa do que construí aqui”, sintetiza.

Gilvanete chama a atenção para a necessidade de um olhar sensível no serviço público. “Não podemos perder de vista a humanidade nas relações. Não somos máquinas: temos sentimentos e passamos por adversidades. E quando olhamos o servidor público com humanidade, temos um trabalho muito mais bem apresentado”, considera a servidora da PGE.

Fortalecimento

As ações de fortalecimento do serviço público conduzidas pelo Governo de Sergipe, desde a realização de concursos públicos até o diálogo com as categorias, são motivo de elogio entre as servidoras. Para Carla Adriana, os concursos asseguram o prosseguimento do fluxo de trabalho nas diversas repartições. Ela também frisa que a gestão tem possibilitado um maior reconhecimento social de sua função.

“Acho importante a continuidade no serviço público por meio dos concursos. Com eles, você cria uma experiência do servidor e garante que o ciclo de cada paciente seja acompanhado por inteiro. Inclusive, muita gente não sabia que o ambulatório existia. Agora, as pessoas estão conhecendo o nosso trabalho, porque o governo tem divulgado. Temos mais visibilidade”, aponta a servidora da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Tendo acompanhado diversas gestões estaduais, Gilvanira percebe que o atual momento é de valorização do servidor. “O serviço público está evoluindo, principalmente na minha classe. Sinto a polícia como se fosse minha filha: já foi menina, adolescente, e hoje está desenvolvida. A tendência é melhorar, porque este governo vai continuar apoiando nosso trabalho”, classifica a agente.

Para Gilvanete, a realização de concursos e a abertura às demandas dos servidores são pontos relevantes na atual gestão. “O concurso é um modo legítimo de agregar o cidadão ao serviço que é prestado a ele e a tantos outros. E considerar o servidor em uma mesa de negociação é uma prática positiva, porque leva em conta a repercussão do serviço. Para que a prestação do serviço ocorra com eficiência, é preciso considerar quem o presta, que é o servidor público”, salienta a servidora da PGE.

Origens

O Dia do Servidor Público foi instituído em 1943 pelo então presidente Getúlio Vargas. Somente em 1990, entretanto, com a introdução do regime jurídico dos servidores públicos federais, a data agregou a nomenclatura ‘servidor’ – sendo utilizada, até aquele momento, a expressão ‘funcionário público’.

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