Sim, é verdade que, com as redes sociais, ficou mais fácil para pequenos e médios empresários divulgarem seus produtos e se tornarem mais próximos de quem necessita de seus serviços. Com o passar do tempo, as redes sociais começaram a cobrar pelo serviço de serem sociais, para entregarem suas postagens. Até aí, não existe problema para uma sociedade modernocapitalista. Mas com o passar dos tempos, essa transação ganha-ganha mudou para a opressão: “eu mando, você faz”.
Sim, se você já sofreu com qualquer “vírus de gripe” de uma rede social, como, por exemplo, ficar fora do ar ou ter um anúncio não autorizado, eve compreender o alto grau de dependência que as big techs exercem sobre a vida de todos. A dizer que seus principais representantes são os homens mais poderosos do mundo. E, em um mundo conectado com alto grau, cerca de 98% da população mundial, eles (Google, Facebook, YouTube, TikTok e outros) têm o poder de acordarem amanhã, assim do nada, apontar para o seu IP (endereço virtual) e sentenciar: “Está desconectado”. E se tal sentença chegar até o seu computador, você vai reclamar para quem? Uma vez que eles são os donos de empresas que não têm nenhuma lei que as auto regule.
Vamos piorar isso? Hoje existem vários aplicativos de IA gratuitos que simplesmente tiram sua roupa, desnudando-o por completo, literalmente, e isso é gratuito. Então imagine que amanhã sua foto nua comece a ser divulgada por seus desafetos (como aconteceu nas últimas eleições para a prefeitura de São Paulo).
Então, me parece injusto, mas não tem volta e não tem com quem reclamar.
*Carlos Roberto de Moraes, é jornalista (DRT 2896/SP)